Hoje a bordoada quotidiana vai versar sobre assembleias populares. É um tema como outro qualquer mas que voltou recentemente à ordem do dia porque o Sr. Fundador, que de assembleias populares diz ser entendedor, acusou recentemente o QSLT de falta de democraticidade por estes não alicerçarem as suas decisões em assembleias populares. Mas se a convocação do protesto não foi assembliária, o protesto foi sufragado por quantos, a nível nacional e internacional, sairam para a rua. tanto não fez o sr. Fundador que, de nalgas encafuadas no sofá, assistia ao decorrer dos acontecimentos devorando as bifanas com manteiga ao ritmo das partilhas do Tugaleaks. Curiosamente nem no cerco ao parlamento por ele defendido se dignou aparecer.
Mas como em democracia o Sr. Fundador é mestre e até dá lições, não decidiu deixar os créditos por mãos alheias e toca a convocar uma Assembleia Popular, mas online porque assim escusa de fugir com a lata ao rabo como quando foi propor num plenário do 15/O uma abertura aos nacionalistas. Além disso o ser virtual é cool, está na moda, foi como os islandeses conseguiram chegar a toda a gente e por isso é mais democrático! Isto, ainda que se esteja num país onde ainda há quem ligue um monitor e vá chatear o vizinho para orientar a antena porque não consegue apanhar a eucaristia dominical.
Mas convoca-se a assembleia com pompa e circunstância:
Agora há que ser cavalheiros e receber bem as pessoas, mas para isso ficamos a saber que podemos contar com o apoio dos membros do Tugaleaks. Até há dois anfitriões!
E é acompanhados pela dupla Dupond e Dupont que somos iniciados nos sagrados mistérios das assembleias populares. Sim, que isto de assembleias populares não deve ser confundido com essas coisas tenebrosas, que se auto-gerem e que possuem a vida e a vivacidade que os participantes lhes conferem; as assembleias populares são rituais presididos, na condição de Pontifex Magnus e Sr. Fundador (com o Vaticano livre talvez fosse uma hipótese capaz de satisfazer o seu ego), com a ajuda, na condição de acólitos, dos anfitriões Rui Cruz e Rui Cruz. Como missal de tão mimosa liturgia está assegurada a "netetiquette". E como nisto de transparência ninguém passa a perna ao Sr. Fundador vá de juntar um link para que os fieis também possam seguir devotamente a celebração litúrgica.
Tinhamos pensado ir à liturgia mas não conhecíamos o missal pelo que, temendo pela nossa integridade física online devido à ameaça de tomada de acção pelos "cyberbouncers" do staff do Tugaleaks, decidimos ir ler o missalzinho. É que ainda por cima estamos em crer que não conhecemos os ditos "cyberbouncers". Os dois anfitriões não devem ser de certeza, pois ficariam ridículos e não credíveis nos panos de "cyberbouncers" vestidinhos de t-shirts pretas a dizer Tugaleaks - STAFF!
Mas dizíamos, fomos consultar o missal, clicamos no link e apareceu-nos o seguinte:
(Aguardamos em jubilosa esperança a liturgia para dar seguimento a este relato epifânico)
Pela verdade da informação – Rui Cruz
Queria desde já pedir as minhas mais sinceras desculpas
por só falar agora. Tenho-me contido, pois as pessoas que me amam temem
as consequências desta acção e têm-me travado. Mas já chega. Compactuei
tempo demais com isto e sinto-me quase cúmplice do nojo a que assisti.
Tenho vergonha que não ter tomado medidas mais cedo em relação a tudo.
Vergonha de ter estado ao lado de alguém assim. Foi um momento negro da
minha vida, no qual honestamente sinto que me prostituí física e
emocionalmente por atenção e aquilo que percepcionei como carinho e
amor. Foi um grande erro e aprendi muito, da pior maneira. Devo-vos a
todos um enorme pedido de desculpas pelo meu silêncio.
Conheci o Rui com um discurso bastante protector sobre
quem pudesse estar com ele, não querendo prejudicar ninguém devido ao
processo crime, e a ida da PJ lá a casa. O discurso continua o mesmo. Ao
longo do tempo vi atitudes de medo e paranóia que ele tentava estender à
minha pessoa. Vi a confusão que lhe fazia eu não ter medo das chamadas
sob escuta, o acordar com a polícia à porta, ficar sem o meu telemóvel
(dizia ele)...etc. Vi também o olhar de pânico e a desorientação quando
lhe batiam à porta...os rituais de esconder o telemóvel no roupeiro,
entre outros. À custa deste processo e dos inúmeros que ele próprio
criou, conheci a GNR do Pinhal Novo e não menos importante o seu
advogado: o seu grande ídolo maçónico.
Entrei na sua vida no período dos donativos, e...ainda
sou do tempo em que estava um post – já eliminado - onde o fundador
garantia transparência relativamente ao dinheiro doado, propunha-se a
dizer em que é que iria gastar cada quantia detalhadamente.
Sei que houve donativos. Prefiro não falar em valores, é
desnecessário remexer em tanto lixo. A única certeza que tenho é que o
dinheiro foi doado de boa fé à pessoa do fundador para o site, mas que
as quantias de certeza eram para O Tugaleaks e não para O RUI CRUZ.
O Episódio da PJ in tha house deixou-o profundamente
desolado relativamente às suas posses tecnológicas, já que tudo foi
levado. Assim sendo estava a trabalhar com
um Eee, um android low cost 91 e um telemóvel tijolo
96. Apresento agora um dos grandes objectivos da vida de Rui: recuperar a
todo o custo a sua tecnologia perdida. Pois, embora estivesse mais que
provado que o Tugaleaks funcionava BEM apenas com o básico, ele queria
mais, justificando que era para o Tugaleaks. Eram então precisos
donativos. Donativos para ele ter o seu castelo tecnológico de volta:
mais que um pc, telemóveis de última geração, cartões com mais memória
para a máquina fotográfica. - Nota curiosa: não percebo bem esta última
para a máquina, visto que Rui sempre foi óptimo a pedir a meio mundo
fotos de tudo e mais alguma coisa, tirando ele, na maioria das vezes nem
mais de 100, todas desfocadas, sem jeito nenhum, repetidas, enfim...- O
mais flagrante, o incomodativo a nível pessoal: Rui não tinha na altura
máquina de lavar, pelo que levava sacos gigantes de roupa para a
lavandaria, teve então mais uma ideia brilhante: comprar uma. O grande
problema é que ponderou comprá-la com os donativos que recebeu numa
determinada altura, na sua conta pessoal, para o Tugaleaks. Não chegou a
comprá-la apenas pelo seu gigantesco apego ao dinheiro, que não lhe
permitiu fazer tão grande investimento.
Todos os dias ia ansioso verificar quanto o Tugaleaks
rendia, até que um belo dia – infelizmente não me recordo a altura
exacta do mês- exclama algo como “o Tugaleaks este mês já rendeu 300 €”
numa felicidade tremenda. Nunca me interessei muito por essas coisas,
mas fiquei curiosa, não sabia que um site como o Tugaleaks podia chegar a
tais valores e ao indagá-lo percebi que não era assim tão invulgar
atingir aquelas quantias. Estamos portanto a falar de um site que dá
lucro. Obviamente. Aí comecei a pensar e a questionar então o porquê dos
donativos. As respostas foram ficando cada vez mais evasivas, e
disparatadas: o site tem custos, preciso de equipamento como deve ser
para o manter...entre outros que nem vale a pena mencionar.
O apego deste monstro ao dinheiro era tal...que após o
pseudo-trauma com a PJ, Rui decidiu ter sempre de lado, repito SEMPRE
500 €. O seu melhor argumento, revelador da sua paranóia, era algo do
género “se a PJ voltar tenho que ter dinheiro de lado para ir comprar
tudo no mesmo dia”.
Não lhes tocava, um dia desesperado confessou que
estava num stress imenso pois tinha gasto mais do que devia e na sua
conta tinha APENAS 400 e Tal, praticamente 500, mas não 500 €. Porque
estou eu a descer tão baixo a entrar em pormenores tão irrelevantes?
Porque Rui tem uma família carenciada, que passa dificuldades. Embora se
considere muito apegado à irmã, Rui segue o lema “ela tem quem a ajude,
eu não tenho ninguém se me acontecer algo”, isto tendo sempre em mente a
querida Judite. Aonde quero chegar? Essa irmã tem 4 filhos, ora ele tem
4 sobrinhos, que visitou uma vez, quase obrigado por mim, visita essa
em que esteve sempre em polvorosa para regressar a casa para ir ao
Tugaleaks, dizendo que não estava habituado a crianças, nem tinha jeito
para elas. Fui eu que brinquei, corri, andei pelo chão e insisti para
ficar mais um pouco. Na altura do início do ano lectivo, como em muitos
anos passados, pelo que percebi, ele mostrou alguma preocupação pelos
livros das crianças, pois podia não haver dinheiro para o material
escolar dos sobrinhos. Confidenciou então que poderia ajudar a irmã,
numa atitude de santo, mas não mais do que uns 50 €...claro que ouve
discussão. Não percebi como um homem tem 500€ de lado e se sente inchado
por dar uma esmola à própria família. Crianças que passam dificuldades,
que podiam não ter com o que estudar e ele diz que não pode dar mais
que aquilo, porque pode precisar para os seus gadgets. E eu mesmo assim
fiquei. E ouvi-o a ligar à irmã, receber chamadas dela, fingir-se
preocupar com as crianças (a quem já eu me tinha afeiçoado) numa
hipocrisia desmedida.
Mas vamos falar de activismo e manifestações! O Rui
acorda, vai ao Tugaleaks, sai para trabalhar, está no Tugaleaks no
trabalho, volta para casa agarra-se ao Tugaleaks (isto quando não o faz
nas viagens trabalho-casa e vice versa),vai dormir, repete tudo no dia
seguinte. Mensagens do face do Tugaleaks: as que responde, responde a
despachar e não dá crédito absolutamente nenhum ao que as pessoas
partilham com ele e aos problemas que lhe transmitem, do mail a mesma
coisa. “Obrigados” poucos ou nenhuns vi, às pessoas que o tentam ajudar.
Vê-as como números que lhe dão atenção. A leitura do Rui baseia-se em
números: de gostos e de partilhas, para não falar em dinheiro novamente.
Se a notícia é relevante ou não, se ofende, se vai contra os valores
que a própria página diz defender não interessa “porque teve muitas
partilhas”. Pois é: a criatura faz um post e começa numa onda de F5's
avassaladora até diminuir a ansiedade...”teve 100 gostos em 3 minutos” e
ouve-se um risinho histérico...e a história repete-se até estar exausto
e ir dormir ou trabalhar, porque até comer come ali. E ouso ir mais
longe: só não caga porque não consegue largar as mordomias de um bom
teclado, rato e monitor.
Ir às manifestações é para tirar fotos, ser
entrevistado, pseudo-entrevistar os outros e voltar para casa para
postar no Tugaleaks e avaliar o sucesso do “trabalho”. Isto quando não
manda os outros por ele fotografar. Pois de facto ele não faz mais nada.
O grande activista nem um cartaz sabia pintar quando lá cheguei. Mesmo
depois de explicar...um cartão, tinta, e pincéis, parece que a receita
era complicada de mais. Eu pintava e carregava, pois a princesa era
muito frágil. O que se percebe: estar de cú alapado o dia todo à frente
de um pc não faz calo.
No 15 de Setembro, espantei-me por ter chegado a casa
tão cedo...ainda nem o sol se tinha posto. (Sim fiquei em casa e terei
todo o gosto em explicar o porquê, se alguém fizer questão.) “Porque não
ficaste lá? Ainda não acabou!” “Já tirei as fotos que precisava.” E
enquanto os Seus amigos estavam às portas do parlamento, estava ele em
casa recostado na cadeira de volta do Tugaleaks. As coisas foram
piorando e eu quis sair e ir ter com as pessoas que se debatiam nas
escadarias, ele quis ficar na protecção do lar. “Sair a esta hora para
ir para aquela confusão?”...
Relativamente aos anons pouco tenho a dizer, só para
terem mais cuidado com ele. Ele usa-vos para os trabalhos sujos. Rui não
suja as mãos, Rui manda os cães fazerem: seja ir para manifs recolher
info/fotos por ele, seja fazer ataques. Queimar o pêlo? Nunca. Que está
ligado a anons está, ligadíssimo. Que os divulga e se farta de os
publicitar sim, são tudo negócios. Em troca de favores. Abram os olhos.
Voltando ao pessoal, eu sempre fui maria-rapaz, mas
nunca me aconteceu ser o homem da relação...E as hortas? Que ideia tão
gira!!! “Podia-se fazer uma cá em casa, no terreno lá atrás”...pois
podia Rui... a princesa depois de nem 10 minutos ia morrendo de um
ataque cardíaco - isto depois de perceber como se pegava numa enxada
para limpar o terreno - e foi para casa, brincar no computador e aqui o
macho ficou horas a trabalhar, para nem uma alface lá ser plantada. O
povo deve conhecer o sentimento.
E a gata Rui? E a gata? A tão querida Akira...está
confinada a um corredor apenas todo o dia pois pode estragar a cadeira
do computador ou ir para o quarto ou para a cozinha fazer asneiras. É
fechada no corredor quando está com o cio porque é uma “chata e não pára
de miar.”. Ouve constantemente gritos e é assustada pelo dono. É um ser
que tem medo de tudo e de todos, ataca por medo e apanha e ouve quando
ataca. Só teve um brinquedo (fita cor de rosa de embrulhar prendas), até
eu entrar na vida dela. Era fechada e continua a ser fechada num
corredor com a sua caixa de areia a abarrotar de dejectos e a sua taça
de comida/água sempre suja e meia seca porque estraga e arranha, mas
nunca teve um arranhador...e agora que o tem, não merece o benefício da
dúvida. Dá mais jeito assim. Fecha-se a bicha. É um ser assustado que
não se sente seguro na própria casa, isto dito pela veterinária, à qual
se levou depois de muita insistência minha. A Akira tem um prolapso
rectal há mais de 2 anos, na altura tentou-se tratar, como não resultou,
desistiu-se. Anda portanto com uma ponta do intestino de fora há mais
de dois anos, que lambe incessantemente, e que provavelmente lhe dói,
cujo risco de infecção é elevado. É este o amor que o Rui tem pela
gatinha das fotos. Sinto que a devia ter trazido comigo, a bem ou a mal.
Sei que não está bem, estando nas mãos daquele megalomaníaco.
Não tenho medo ou vergonha do que escrevi, apenas do meu silêncio até agora. Maria João Velez