terça-feira, 5 de março de 2013

DIREITO DE RESPOSTA



DIREITO DE RESPOSTA

Gozando do institucional direito de resposta que assiste a Rui Cruz na qualidade de Sr. Fundador, os cidadãos de Portugal tiveram o previlégio de saborear mais um naco de oratória onanística com que o émulo de Assange em mal atamancada versão estilo Cristo de Borja atabalhoadamente os propinou. Que um colectivo se dirija à população entende-se, que uma figura institucional o faça é igualmente compreensível, que o cidadão Rui Cruz o faça desta forma já o é um pouco menos e poderia ser entendido como uma manifestação de maleitas psiquiátricas. Mas, como já referimos em anterior escrito: «Ao contrário do que se pode pensar nem sempre a demência é uma consequência da idade. Casos há em que esta se revela precocemente e de modo assustador e galopante.»! E se o mais incauto esperaria de uma comunicação aos «cidadãos de Portugal» a revelação do ano, a realidade depressa o desilude pois mais não fica a saber do que o facto do Rui Cruz ter já ultrapassado a pueril idade. Esta revelação, contudo é preciosa pois é ela que nos permite, em vez das nelgadas que se dão aos putos, lhe aviarmos umas quantas bordoadas verbais pois já tem idade e costados para as aguentar. Ah, esquecíamos de referir que, segundo o mesmo autor, brincadeiras de gato e de rato não são benvindas por falta de tempo e não gosta de mentiras! Dessem-lhe tempo e papel e sairia uma apresentação digna de uma candidata a Miss Portugal!
Mas se a pueril idade já passou, a fazermos fé em Rui Cruz, a infantilidade deixou as suas marcas. Um puto deitaria a língua de fora e faria um «brrrrrrrrrrrrrrrr!» sonoro; Rui Cruz mimoseia os seus leitores com uma imagem do colectivo acrescentada de um «FAIL»!
Mas eis que se entra no vivo do assunto, aquele momento em que Rui Cruz revela aos mortais o motivo da sua comunicação ao país: o defender-se! A defesa de Rui Cruz apresenta-se assim como um assunto de dimensão e ãmbito nacional, que, não fossem os malvados media mainstream, certamente poderia interromper as novelas e abrir telejornais. Se o ridículo matasse....
E entra-se na justificação! No tocante ao primeiro ponto algo surpreende imediatamente, em vez de negar o que lhe imputam, Rui Cruz refugia-se na falta de provas. Não seria a argumentação que se esperava. Quem se defende reclama a sua inocência, não baseia esta numa eventual falta de provas. Assim sendo, pode-se dizer que a argumentação denuncia a falsidade. E passa ao ataque pretendendo postular que se os Anonymous não são o exército de Rui Cruz, Rui Cruz é o exército dos Anonymous. E ficamos a saber que aqueles costados anafados escondem mais do que a gordura acumulada por bifanas com manteiga oculta. Existe uma força interior que lhe embota o cérebro e que o faz trocar tudo. É que a concentração de protesto não foi junto à embaixada do Equador mas sim junto à do Reino Unido. Não deixa e ser estranha tal confusão em quem pretende ser uma cópia de Assange. Ainda a propósito dessa concentração, assalta-me a seguinte dúvida: foi por mim encontrada, no final da concentração, uma mochila perdida contendo material de uma das equipas de televisão presentes no local. Na altura ficou à guarda do Sr. Fundador que disse que ia envidar esforços no sentido de a devolver ao legítimo proprietário e que até ia fazer um inventário e colocar tudo num post na página. Os meses passaram, o post nunca foi feito e assaklta-nos a dúvida sobre onde acabou por ficar tal material. No tocante à manifestação da RTP e á “enchente” pouco há a dizer. Acompanhei a preparação da mesma e é verdade que deveriam ser distribuídos flyers a propósito do Indect. Só que, para uem se reclama como Anonymous é um pouco estranho ver escrito algo como “os vossos flyers”. E isto porque o Indect deveria ser uma preocupação de todos os que partilham a ideia Anonymous e não apenas de alguns. No tocante à “enchente” atinge-se o plano do surreal. Se foi uma enchente então a saída da missa numa aldeia desertificada do interior facilmente pode ser qualificada como sendo um tsunami. O que é um facto é que foram dois carros com pessoas do Rossio para a RTP e mais cerca de 20 que se deslocaram de metropolitano, ou seja, por enchente entenda-se o grupo de vinte a trinta pessoas que normalmente vão às manif’s convocadas pelo Sr. Fundador com mais alguns elementos da comissão de trabalhadores da RTP que só estiveram presentes junto às instalações da empresa. Exército? Parece-nos exagerado falar de tal, quando muito e na melhor das hipóteses, a carga da brigada ligeira que de tão ligeira nem sequer podia carregar! Delírios normais numa mente embotada por um megalómano culto da personalidade que leva o Sr. Fundador a hiperbolizar o número dos presentes ao ponto de os igualar a um exército!
2 – No tocante à página Anonymous PT Legion, diz o Sr. Fundador que não é administrador da página nem responsável por “tal coisa”. Para além de ficarmos a saber que de uma “coisa” informe se trata – como tão bem a define o Sr. Fundador  -- , ficamos igualmente a saber que não podemos traçar uma ligação entre a página e o Tugaleaks por carência de provas. Partindo do princípio que o Sr. Fundador é uma pessoa culta – hoje acordamos benevolentes e com veia especulativa em torno de hipóteses impossíveis --, poderíamos lembrar o preceito aristotélico segundo o qual “os caracteres se definem pela acção”. E a acção da página fala por sí e é prova bastante: toca-se no Sr Fundador e qual número circense lá acorrem os caezinhos amestrados. Há quem gosta de ser escravo! No tocante á prova produzida pelo Sr. Fundador considero mais adequado adoptar a desopilante gargalhada do que uma atitude depressiva por ver que há quem considere a wikipedia uma bíblia. Mais ainda, quem confunda uma informação teórica com uma pretensa prova jurídica.
3 – Diz ainda o Sr. Fundador, continuando com o seu exercício de teológica exegése wikipediana que qualquer um pode ser Anonymous. Nada de mais errado! É que se é verdade que todos podem ser Anonymous o mesmo não é verdade quando se diz “Qualquer um”. Todos podem evoluir mentalmente, abranger  e integrar mentalmente um conjunto de princípios que fazem parte do conceito Anonymous, mas não é qualquer um que os cumpre. E não é certamente quem faz posts de cariz xenófobo ou sexista que tem autoridade moral para se reclamar como fazendo parte dos Anonymous! Anonymous é um ideário partilhado, um conjunto de princípios e valores que não se compadecem com o culto da personalidade, amuos, caprichos e punhetas mentais.
4 – E é neste momento que o Sr. Fundador, num raro assomo de lucidez, começa a duvidar das suas capacidades mentais. E fá-lo, mais uma vez, em mau Português: “portanto” implica uma conclusão e não deveria ser usado quando se está a exprimir uma dúvida, e já agora não é “deixem ver” mas sim “deixa ver” pois ninguém está a impedir o seu campo de visão, as talas impeditivas da visão já vieram de origem! E são essas talas que agora procura impor aos outros através do vincular  uma eventual saída a uma hipótese impossível. Por outras palavras, uma eventual embora muito remota hipótese de saída da página implicaria a ressurreição de um perfil já desaparecido e um número de participantes igual ao de uma anterior reunião. Que se faça uma reunião e quem quem está actualmente na página decida ou estaremos a assistir a um apego ao lugar que lhe é cómodo para vincular os Anonymous aos bitaites da Tugaleaks e do Sr. Fundador? Seria interessante igualmente para que se obtivesse resposta à interrogação do Sr Fundador e se percebesse quem representam os que, dentro da página, não se reveem na linha de comportamento do sr. Fundador e na mensagem veiculada pelo Tugaleaks. Depois, aceite-se a decisão do colectivo! Agora eleições com votos de defuntos faz lembrar os sufrágios do tempo da outra senhora a tal ponto que mais uma vez se poderia suspeitar da ideologia fascisante de um Sr. Fundador que, não sendo um puto como gosta de frisar, bate o pé, faz birra e beicinho numa demonstração de infantilismo regressivo. E ainda conclui que também é Anonymous pois “Qualquer um pode ser”. Acontece que o ser anonymous não se compadece com um determinado tipo de atitudes como atitudes sexistas, xenófobas, censórias, com o ter ganho a vida com pornografia, com o roubo de informação quando esta pode ser partilhada, com o roubo de informação para publicação diferentes no tempo e no modo diversos dos estabelecidos por quem conseguiu o acesso à mesma, com o misturar activismo e vida pessoal e assim impedir normais relações institucionais com outros grupos de matriz Anonymous, com a falta de transparência nas contas, e a lista seria longa. Não, se é verdade que todos podem ser Anonymous é igualmente verdade que não é qualquer um que o pode ser e se forem precisas provas o comportamento e postura do Sr. Fundador são disso prova cabal.
5 –  Segue-se um interessante pot pourri em que se anda a valsar do processo de que o Sr. Fundador é arguido, uma compararação com a do ídolo Assange – nestes momentos os seu ego atinge um orgasmo solitário de proporções bíblicas – para introduzir um momento de distração que propicie a ligação entre um processo jurídico em segredo de justiça com um outro processo (não jurídico mas ético) de transparência prometida e nunca cumprida no que toca aos donativos do Tugaleaks e, não seria feio incluir nesta as receitas de publicidade. E a verdade é esta, o sr. Fundador andou a pedir contribuições, prometeu transparência e nunca cumpriu. Pelo meio viu uma conta bloqueada no Millenium BCP. Quer ser como Assange, apresente contas e seja transparente! E se o Sr. Fundador me quiser processar pela suspeita de burla qualificada que agora levanto que o faça pois irei alegremente a tribunal.
 6 – Não, estamos a falar de democracia, de aceitação da vontade de um colectivo que poderia ser expressa em reunião se das exigências do Sr. Fundador não constasse a presença obrigatória e o voto de um defunto.
E se isto era a defesa agora passa-se ao ataque e esse promete ser avassalador pois, como diz o Sr. Fundador, vai apresentar provas! E são seis pérolas para reflectir as que o Sr. Fundador tão benevolentemente nos concede.
1ª Pérola de sabedoria do Sr. Fundador
Os Anonymous Legion Portugal ou são algo que não é expresso no léxico português ou então o Sr Fundador pretendia dizer que são uma farsa e prova com afirmações de indignação de alguém que já não está ligada ao Legion há já bastante tempo. Afirmações de indignação por ter visto a sua conta censurada devido a partilha de um conteúdo denunciado por lesivo da imagem pública do Sr. Fundador. Então o Sr. Fundador que até vai à Assembleia da República armado em paladino da liberdade de expressão anda a denunciar publicações? É que a pessoa em questão estava a milhas de toda essa questão e foi envolvida precisamente enquanto dano coolateral das denúncias do Sr Fundador e em nenhum momento da prova se usa de ameaças físicas ou outras. E o responsável pela publicação era eu e mais ninguém. Tratava-se do natural direito de resposta a um post em que, no meio de muitos orgasmos mentais do Sr. Fundador ao comparar-se com Assange se procurava atacar A Luta e Ricardo Castelo Branco. E viva a liberdade de expressão....
Já agora, e para que conste, não sou nem nunca fui admin da página Anonymous Legion Portugal.
2a  Pérola de sabedoria do Sr Fundador
Após uma breve introdução da minha pessoa e d’A Luta vem o sr. Fundador alterar o que disse em tribunal e fá-lo com a leviandade de quem brinca com a idoneidade dos outros. Primeiro, em tribunal afirmei, como anteriormente o fiz e seguramente o voltarei a fazer que não adoptaria nem adoptei nenhum tipo de comportamento violento como lanço de objectos. No caso vertente do lanço de uma garrafa de litro de cerveja. Disse igualmente que do ponto de vista ético o colocar outros manifestantes em risco me impedia de tomar atitudes violentas para com a polícia. Disse-o e mantenho-o. No tocante ao Sr. Fundador, duas taponas nas trombas não lhe ficavam nada mal e não me parece que a importância deste cavalheiro seja tal ao ponto dessas taponas nas trombas poderem provocar tumultos, danos coolaterais ou uma carga da guarda pretoriana. Outra hipótese seriam as nelgadas mas como teve a bondade de nos informar de que um puto se não trata, achamos as taponas mais adequadas á sua provecta idade. E afinal de que violência se tratava. De dizer as coisas cara a cara, de encontrar o Sr. Fundador cara a cara para lhe dizer por A + B que de um rematado monte de esterco se trata. Não me parece ser esta uma credível ameaça à balofa integridade física do Sr. Fundador. Até porque, muito sinceramente falando, só o espectáculo de ver as balofinhas balofas do Sr. Fundador as oscilarem flácidas sob o peso de dois estalos é provação em demasia para o nosso apurado sentido estético. Mas vai mais longe e não hesita em acusar-me a mim e à Luta de censura. Nada de mais errado, A luta apresenta um descritivo bem claro: «Esta é uma página de luta, não um relógio de ponto. Comentadores de bancada, políticos profissionais, nacionalistas e outros fachos merdosos e montes de merda da bófia NÃO SÃO BEM VINDOS!». Atendendo á vocação do sr Fundador de há já vários meses não aparecer em manifestações que não se coíbe de comentar e à manifesta simpatia por sectores nacionalistas, não é a sua presença benvida nem desejada n’A Luta. Por esse motivo não foi o seu comentário censurado mas foi o autor banido e escorraçado como verme indesejável que é. Se o facebook oculta os comentários de quem é banido isso não pode ser imputado nem à Luta nem à minha pessoa. Por não sermos partidários da censura mas não gostarmos de nos ver misturados e confundidos com vermes que se servem do activismo em benefício próprio, foi mantido todo o histórico dos comentários dando assim origem ao pseudo lapso de informação a que o Sr Fundador, com ademanes de geek que não sabe falar ou escrever português se refere como «gap».
3a Pérola de sabedoria do Sr Fundador
Vitimiza-se o Sr. Fundador por causa de um pseudo-artigo tendencioso sobre o QSLT! Um artigo em que a conclusão precedia a escrita, em que se enviou um mal atamancado questionário cuja única preocupação era denegrir os organizadores da iniciativa e cuja análise demorada e desconstrução poderá ser objecto de uma minha futura intervenção sobre o modo como se descontextualiza uma afirmação para servir as teses do Sr. Fundador e se induz em erro o leitor. É esta a verdade da informação que se diz defender? Mas no final deixo o link da publicação do questionário e da resposta e deixo a quem tiver interessado as conclusões de direito.
A pergunta a fazer é, por que motivo o fez. Por despeito de ser quase unanimemente considerado no mundo do activismo como um oportunista barato em busca de protagonismo e réditos, por saber que progressivamente e cada vez mais se vai tornando no motivo de chacota e noje de quase todos os activistas de Portugal, por ver que por mais que esbraceje, esperneie e como puta protestando a sua virgindade, já ninguém o suporta. Não, o pseudo artigo sobre o QSLT teve apenas o condão de catalizar o descontentamento geral provocado por um rol inumerável de situações dúbias, figuras tristes e comportamentos eticamente discutíveis do Sr. Fundador. E o pretender denegrir o QSLT como o branqueamento enquanto activistas impolutos de um grupo que se manchou com fraudes de cartão de crédito e que ainda arvoram claras simpatias nazis foram apenas a gota de água que fez transbordar o copo.
4a Pérola de sabedoria do Sr Fundador
Sobre a Maria joão Velez apenas gostava de lhe prestar a minha solidariedade por ver o seu nome envolvido com o de um pulha e dizer-lhe que, caso se concretize a ameaça de um processo legal contra ti, tenho todo o gosto em ir a tribunal como tua testemunha. Sou testemunha da perseguição e assédio que o Sr Fundador te fez após aquele momento de clarividência em que o mandaste à merda, da pressão delatória exercida sobre membros de um grupo Anonymous, e de tantas outras coisas que reservo para dizer em tribunal caso o Sr. Fundador tenha a amabilidade de mo proporcionar.

5a Pérola de sabedoria do Sr Fundador
Um único comentário: pelos vistos a deriva de modelos a imitar não se ficou pela passagem do modelo John Holmes dos tempos do porno para o modelo Assange. Agora já se chegou ao modelo Sabu.
6a Pérola de sabedoria do Sr Fundador
Queira o Sr. Fundador, a bem da verdade da informação que diz defender, indicar e provar quem o ameaçou de morte e o proibiu de ir a manifestações. Até porque se não vai é por manifesto pavor e cobardia de ouvir cara a cara um certo número de verdades e nem cara tem para apanhar dois tabefes, Quanto a pseudo ameaças de processos judiciais e pela parte que me toca reafirmo a minha disposição de ir a tribunal e de aí poder cabalmente elucidar a magistratura sobre quem é e como se comporta o Sr. Fundador.
Há ainda espaço para justificar o fecho de comentários por não pretender fazer o que não se coibiu de fazer ao longo de todo o seu escevinhanço: lavar roupa suja. Que a mesma cobardia que impede o Sr. Fundador de ouvir as verdades ditas cara a cara não impeça a censura de um contraditório deum direito de resposta que agora se exerce!
Há ainda espaço para um post scriptum onde se nega a cobardia e se justifica com uma aposta nos meios online cujo único resultado, olhando para o Tugaleaks, parece ser a esquizofrénica partilha dos mesmos conteúdos até à exaustão chegando-se a repetir a republicação até à exaustão.
Quem, ainda que por breves instantes, tinha pensado que o Sr Fundador conecia a fórmula latina post scriptum deengane-se não apenas não conhece como pressupõe que Cícero ou Juvenal fossem adeptos de jogos de consolas. É que PS2 é uma consola e se o Sr. Fundador tivesse uma réstia de literacia seguramente saberia que num caso de uma segunda adenda a um texto original a fórmula latina a usar é a de PPS o que significa post post scriptum. Mas o mais engraçado e que não nega o facto de ter adquirido um electrodoméstico com dinheiro obtido graças a donativos para outros fins. Quanto ao lado psiquiátrico da questão do apego e ganância pecuniária não nos iremos pronunciar pois, nos hospitais psiquiátricos existem pessoas mais habilitados do que nós para o fazer.
Ricardo Castelo Branco

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